Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
-Não partas nunca mais"
[notas mendigas valem quatro euros!]
Se a perfeição existe, o Sol existe.
Se o Sol existe, a Lua existe.
Se a Lua existe, Tu existes.
Se tu existes, a perfeição existe.
É errado questionar?
Eu duvido da perfeição,
Posso, então, duvidar de Ti…
Se pegar na melodia daquilo a que chamam perfeito
E construir o meu próprio mundo envolto disso
Dizer que este lápis é a minha perfeição
Posso dizer que Tu estás na minha mão.
Sim, porque eu acredito!
Acredito na perfeição.
Compreendo a dúvida, vou desculpá-la
Porque sei que Tu o farias
És Tu.
Tapas a luz que quer tanto iluminar-te
Fechas a janela ao sol que te irradia
E a lua que quer abraçar-te
Mas tu vais colher o orgulho de viver
E tu vais encontrar o destino a que estás a caminhar
Fechas os olhos a tudo o que te vai magoar
Tapas a boca àquilo que pretendes dizer
Sentes as pegadas do chão
Não olhas para o céu com medo que caia
Mas tu vais colher o orgulho de viver
E tu vais encontrar a razão pela qual estás a caminhar
Tu vais colher o orgulho de sorrir, o orgulho de viver
Vais encontrar e abraçar a razão pela qual estás (ou vais) a cantar.
É o dia da partida
Certa ou errada, necessariamente sentida
O tempo declamou o fim da partilha
Toda a luta, já é cansativa.
Todo o esforço que tu choraste,
Todos os lugares que não guardaste,
Variações de luz, do respirar, do tocar
Proclamo, hoje, o dia da partida.
Contudo, não tem de ser em preto
Não precisas de erguer branco
Talvez um verde, um anil
Uma neutralidade, uma harmonia.